9.21.2011

SUDARIUM XXI


Integrado na III Conferência Histórica - Mistérios e Segredos do Santo Sudário, com o Alto Patrocínio da Casa Real de Sabóia, é inaugurada a exposição de Artes Plásticas "Santo Sudário" - Real Atelier D. Carlos I. Inauguração pelas 11:00 h do dia 24 de Setembro.
Hotel Domus Pacis (Blue Army - Exército Azul)
Rua S. Vicente Paulo, 32
2495 - 438 Fátima - Portugal






Sudarium XXI

Acrílico sobre tela 80 x 100 cm

9.12.2011

33 + 33 + 1 + 1, na Galeria Zeller

Ricardo Passos participa com as obras "Os meus bebés" e "Vá, comam comam..." na exposição colectiva de acervo "33 + 33 + 1 + 1", a inaugurar no dia 17 de Outubro de 2011 na Galeria Zeller.

Esta mostra é composta por obras de artistas como Adão Cruz, Alberto Gallingani, Alfredo Luz, Cristina Troufa, Cruzeiro Seixas, Cutileiro, Gil Maia, Joana Eggers, Júlio Resende, Kendall, Mário Nunes, Mário Bismark, Rosa Pereira, Taveira da Cruz, Salvador Dalí, Serhim Dzyuba, Victoria Borshch, Xico Lucena e Zeller, entre outros.

Exposição repartida em duas mostras de 22 dias cada.
Patente ao público até 30 de Outubro de 2011 (11.00h - 20.00h, excepto domingos e feriados).

Galeria Zeller - Rua 14, n.º 750 r/c 4500-232 Espinho

Vá, comam comam...
120 x 120 cm (díptico) Técnica mista

Os meus bebés
120 x 120 cms (díptico) Técnica mista

9.09.2011

UM ENIGMA CHAMADO BELEZA... (por Luís Galego)

Um Pouco
Acrílico sobre tela | 100 x 160 cm | da série "Ditos"


Ó beleza! Onde está a tua verdade?
William Shakespeare

Não existe unanimidade à volta do conceito de beleza. O belo é um conceito movediço, sem definição coerente, é como desembarcar numa ilha misteriosa, uma arma de dois gumes. Sábios doutores da estética dizem-nos que a beleza é como o amor, não se pode definir, um espectáculo sem rede alguma. Se há quem nomeie a beleza física como imprescindível, para outros o belo espiritual prevalece. O que para uns representa beleza, para outros é um casarão vazio e condenado. O povo diz, “Quem feio ama, bonito lhe parece”, John Donne contrapõe que o amor construído sobre a beleza morre com a beleza, ternura rápida, e Confúcio atalha que ainda não viu ninguém que ame a virtude tanto quanto ama a beleza do corpo. Aristóteles conluie que a beleza é dom de Deus. Platão ensina-nos que o belo coincide com o bem e que a beleza tem algo mais que as outras formas inteligíveis: é a única que pode ser vista pelos olhos físicos, além de o ser pelos olhos da alma.

Um enfeitiçado pela beleza, como S. Agostinho, soube interpretar o belo com sublimes expressões: «Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei!»”. Mas uma das mais atraentes definições pertence a S. Tomás de Aquino, que a descreve como “aquilo que provoca um conhecimento gozoso”, a emoção que nos é provocada pelo estético.

Conceito que pesa séculos sobre as costas e as pressões sociais ditam regras e restrições, em todas as idades e classes sociais. Nos programas para a infância, o mau é retratado como um indivíduo vil e feio, um marinheiro num barco naufragado, enquanto que o herói é jovem, atraente, de brilho intenso em eterna aventura, equívocos para camuflar o coração. Esta percepção de beleza é-nos incutida desde o berço. Modelos, fotografias ou espécies de magazines prescrevem doces venenos, padrões que são interiorizados ao longo de uma vida e que propõem enganar a rotina dos caminhos sem lua. Para se atingirem certos parâmetros, há quem recorra a métodos artificiais, barbitúricos piedosos, que vão proporcionar a beleza, a jóia valiosa mais pretendida, e, por consequência, provocar um sentimento avassalador de auto-confiança, a sensação de possuir a imortalidade a cada instante – contra o velho corvo que é o tempo – enchendo-se de estrelas como um manto real e assim roer a solidão.

“As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”, diz Vinícius de Moraes numa época em que a magreza não era deslumbrante e as raparigas não se violentavam para alcançar um corpo andrógino. Mas não será a beleza tudo aquilo que nos agrada, esmaga, comove, faz estremecer? Uma mulher com quem beber e morrer, uma personagem de Pirandello, as palavras escritas de Yourcenar, as imagens e a Sinfonia de Mahler em Morte em Veneza, as vozes de Jessye Norman e Elis Regina, o concerto para violino de Tchaikovsky, um verso de Sophia que conhecemos de cor, uma harpa envelhecida de Herberto Helder, as rugas encontradas na paisagística do rosto das belas mulheres, o aplauso ao velho actor, um sorriso, um afago, um segredo ao ouvido, a carícia da espuma, a beleza das flores quase sem perfume, uma pequena folha na felicidade do ar, um toque de lábios intenso, um abrir mão da primavera – como escreve Neruda – para que alguém muito especial nos continue olhando, um último abraço ao cair da noite, uma lareira que se acende em Novembro, o rio lá em baixo, tão azul ao final da tarde?

Não será beleza, também, a desconstrução dos estereótipos que podemos estarrecidos admirar na obra de eximia complexidade de Ricardo Passos, convocando-nos para um império dos sentidos?

O que é afinal a beleza?

Luís Galego
Mestre em Sociologia
infinito-pessoal.blogspot.com

9.08.2011

MENTES GORDAS, ALMAS MAGRAS

Ricardo Passos expõe, a partir de 8 de Setembro, quatro obras da série "Mentes Gordas, Almas Magras", de 2006, na Galeria Arte Rio. Alameda dos Oceanos - Parque das Nações - Lisboa.

Fila
Acrílico sobre tela 100 x 150 cms

Nuvens
Acrílico sobre tela 100 x 150 cms

Montanhas
Acrílico sobre tela 100 x 150 cms

Iguais
Acrílico sobre tela 100 x 150 cms

"(...) Busco, não a pureza das formas femininas, mas sim o transformar da banal nudez em emoções extraordinariamente vibrantes, que sinto na fase final de cada pintar, onde, após uma pausa imposta a mim próprio, descarrego sobre a volumetria contida e estudada, as agressivas e negras pinceladas caladas na própria condição do ser-se gordo, aos olhos de uma sociedade de alma cada vez mais anoretica e cruel. (...)
Assim são as mentes gordas, de almas magras"

Ricardo Passos (2006)

9.04.2011

MISCHIEF - Art Gallery One Gateway - Newark USA



Mischief é o título da exposição que Ricardo Passos inaugura a 3 de Outubro de 2011, na Art Gallery One Gateway Plaza, em Newark - USA. Este evento é promovido pelo Consulado Geral de Portugal em Newark.

9.03.2011

DOS SENTIDOS..... Por Ricardo Passos



DOS SENTIDOS..... Por Ricardo Passos

De, por e com a obra de Ricardo Passos....... Tangentes, secantes, vértices, parábolas ou hipérboles, na espécie, do corpo e da alma. Anarquia esquizofrénica, sublimação da realidade e do comportamento, vertentes ditas por conjugação, estética de formas e desejos, a sensualidade plástica que não deixa prevalecer a indiferença da análise atenta e lentamente, levam ao derreter em pedra filosofal. Num lume brando, paradoxo sem promiscuidade, pleno de emoção, um quase orgasmo silencioso. Envolto num véu permissivo de uma visão própria, diferente, apocalipticamente presente na feminilidade jogada e inebriante.

No confronto directo, suave, mas confundente do tratamento dos corpos e cores, Ricardo Passos giza e concebe na interioridade dos seus encontros e desencontros.....

Na criação retractiva ou na explosão de conceitos, na degustação dos corpos, no corar roxo ou laranja dos rostos. Na nudez de lingeries finas, divindades adormecidas mas disponíveis, intimidades e cumplicidades de vivências, sonhos e dormências, que, no fim da viagem, poder-nos-á deixar como questão....

Ricardo Passos tal como no cinema Nagasi Oshima, traz-nos na sua obra emergente, um Império de Sentidos na Pintura, plenitude de criatividade que não o deterá, antes sustentará a sua imaginação e criatividade. A cada dia pinte-nos pois o próximo e deixe-nos a magia e a expectativa de como abordar e recriar o Amanhã.


Manuel Martins Barata
Tempra Academy for Comtemporary Art
Vice-President for all Lusophonic Countries
Art Curator
London/UK


Texto de apresentação da exposição "Mischief" - Art Gallery One Gateway Plaza - Newark USA. De 3 a 14 de Outubro de 2011. Evento promovido pelo Consulado Geral de Portugal em Newark