2.11.2010

ERA UMA VEZ...

Agora trato de rainhas dos nossos dias, cuja imagem é fruto daquilo que os meios de comunicação social querem que elas sejam, contradizendo-se muitas vezes uns aos outros, levando-nos a um grande desnorte e a uma grande incapacidade em saber o que é credível ou não, pois ao sermos “informados” relativamente a um mesmo assunto, pelos diversos meios, deparamo-nos com incoerências, com estórias contraditórias entre jornais, revistas, canais de televisão… notícias que no fim de contas não se complementam nem sequer se sobrepõem.


É como se ao juntarmos toda a informação que obtemos, nos deparassemos com um puzzle cujas peças não encaixam.
Este fenómeno acontece em todo o tipo de informação; são as previsões meteorológicas, o estado da economia, os “casos Freeport”, o aquecimento global, a vida íntima dos famosos... enfim, temos de ser adivinhos para saber distinguir o trigo do joio, e assim filtrarmos a informação que prima pela autenticidade e isenção, deixando de lado as notícias/rainhas distorcidas, causadas pelos sensacionalismos que são fruto de uma força desenfreada, por parto dos meios, no sentido de atingirem maiores audiências.


As rainhas encarnam no meu trabalho, o personagem das meias verdades, das notícias contraditórias, do improvável, do surreal, que as leva a ser seres bizarros cujo cenário, montado propositadamente, é em muitos casos insólito mas certamente o tablóide que vende, pela sua incongruência.

Ricardo Passos

3 comentários:

  1. suscita-me questões, pairam-me dúvidas sobre essa entidade feminina que coloca na tela.
    será que a consigo entender?

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  2. "Era uma vez" quanto a mim não faz juz ao seu trabalho, é triste....até um pouco underground
    Claro que é só um comentário...
    Rute

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